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Título: Inovação e Mudanças nas Práticas Pedagógicas no Currículo Local do Ensino Básico em Lichinga
Autores: Ausse, Luís
Palavras-chave: Currículo
Currículo Local
Inovação
Mudança
Práticas Pedagógicas
Data: 2014
Editora: Universidade Católica de Moçambique
Resumo: Este estudo intitulado: Inovação e mudanças nas práticas pedagógicas no Currículo Local do Ensino Básico em Lichinga, objectiva analisar as inovações e mudanças nas práticas pedagógicas que ocorrem na escola, no âmbito do Currículo Local, introduzido na reforma curricular do Ensino Básico moçambicano. Especificamente, pretende-se: (1) averiguar como é que os documentos reguladores perspectivam que as mudanças aconteçam na escola, no contexto do currículo local; (2) descrever as percepções dos professores, técnicos e gestores de escola sobre o Currículo local; (3) avaliar se as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores, no âmbito Currículo Local contribuem para mudanças pedagógicas na escola e (4) propor práticas de inovação que ajudem para as mudanças desejadas. Tendo em vista responder a questão “no contexto dos discursos e práticas pedagógicas, que inovações e mudanças é que acontecem na EP2 Novos Horizontes, com a introdução do Currículo Local?”, o estudo optou por uma abordagem metodológica qualitativa, com recurso à leitura apoiada pelas técnicas de entrevista, observação e análise documental para constatar que os professores não têm tido encontros reflexivos onde haja trocas de experiências; nas jornadas pedagógicas só se discutem questões metodológicas no sentido tradicional; os professores não apoiam aos alunos e pais e encarregados de educação na identificação de conteúdos locais e muito menos os incluem na planificação; a planificação é tida a partir dos conteúdos nacionais; a direcção da escola não coordena e nem controla o processo de planificação; não há elaboração de materiais sobre o Currículo Local; não se explora os 20% do tempo previsto para a leccionação do Currículo Local; a definição dos objectivos e das metodologias continua ancorada ao modelo tradicional; a avaliação mantém-se excludente porque na sua elaboração não se inclui os alunos e os pais e encarregados de educação; avaliam-se conteúdos puramente nacionais, excluindo os saberes locais; não foi elaborada a Brochura do Currículo local; muitos professores não tiveram formações no âmbito do Currículo Local ao nível dos IFPs, embora os planos de estudo de vários modelos de formação prevêem esta inovação; não há assistência mútua de aulas; os professores não se preocupam com a busca de informações e pesquisa; o pessoal técnico administrativo nunca foi capacitado em Currículo Local. A concluir, os resultados mostraram que os professores pouco percebem o currículo, estando incapazes de introduzir as inovações nas práticas pedagógicas; os supervisores e gestores, politicamente e tecnicamente, entendem melhor a reforma; existem professores não reflexivos, estando longe de operacionalizar a reforma, e por conseguinte, as mudanças nas práticas pedagógicas, na componente currículo local, na EP2 Novos Horizontes, estão longe de acontecer. Propondo que se construam projectos de escola; que se trabalhe junto das comunidades para a recolha de saberes locais; que haja a promoção de sessões de estudo de documentos referentes a reforma; que os gestores liderem e controlem o processo de planificação; que haja supervisões a todos os níveis e que se avalie o currículo, envolvendo todos os intervenientes.
URI: http://repositorio.ucm.ac.mz/handle/123456789/112
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